Se Michelangelo queria libertar a escultura do bloco de mármore, Flavio-Shiró parece querer libertar a pintura de sua condição de pintura. Sentimos em seus quadros toda a energia e vitalidade possíveis de serem transmitidas através de uma pintura abstrata. Alguns artistas parecem ter a técnica como fator restritivo da liberdade poética. No entanto, Shiró domina igualmente as técnicas da pintura, desenho, fotografia e escultura, conseguindo assim fazer fluir sua sensibilidade independente do veículo escolhido.
A fase figurativa dos anos 50 dá lugar à abstração iniciada na década de 60. Nesse momento o artista encontra seu caminho, o que será a tônica de seu trabalho até a atualidade.
Flavio-Shiró, no Centro Cultural dos Correios-RJ até 7 de dezembro de 2008, merece uma visita.
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3 comentários:
Agnaldo, ao ver o trabalho do Flavio senti uma esperança com relação a produção da pintura no Brasil e na Arte como um todo.
O sombrio em cores simples, primarias, surpreende com as formas que vão surgindo dentro da abstração do trabalho de Shiró. Lindo. hahaha
Oi Val!
Também fico aliviado em ver que a arte conceitual finalmente está retrocedendo e cada vez mais os artistas estão optando por uma poética mais expressionista. O belo e o sublime estão voltando. Mais emotivo e menos racional!
lá vem os dois falando da arte conceitual.
e o waltércio, o cildo, o tunga, onde ficam? isso pra falar só dos brasileiros. vai dizer q vcs num gostam?
uma coisa é não gostar de arte conceitual. outra coisa é não gostar da boa arte conceitual. e os minimalistas? serão exterminados tambem?
ah, gente. mais ponderação, por favor. mas ainda continuo gostando de vcs. hehehe.
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