quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Flavio-Shiró: exemplo de força da pintura abstrata

Se Michelangelo queria libertar a escultura do bloco de mármore, Flavio-Shiró parece querer libertar a pintura de sua condição de pintura. Sentimos em seus quadros toda a energia e vitalidade possíveis de serem transmitidas através de uma pintura abstrata. Alguns artistas parecem ter a técnica como fator restritivo da liberdade poética. No entanto, Shiró domina igualmente as técnicas da pintura, desenho, fotografia e escultura, conseguindo assim fazer fluir sua sensibilidade independente do veículo escolhido.
A fase figurativa dos anos 50 dá lugar à abstração iniciada na década de 60. Nesse momento o artista encontra seu caminho, o que será a tônica de seu trabalho até a atualidade.
Flavio-Shiró, no Centro Cultural dos Correios-RJ até 7 de dezembro de 2008, merece uma visita.

3 comentários:

Valquíria disse...

Agnaldo, ao ver o trabalho do Flavio senti uma esperança com relação a produção da pintura no Brasil e na Arte como um todo.
O sombrio em cores simples, primarias, surpreende com as formas que vão surgindo dentro da abstração do trabalho de Shiró. Lindo. hahaha

Agnaldo disse...

Oi Val!
Também fico aliviado em ver que a arte conceitual finalmente está retrocedendo e cada vez mais os artistas estão optando por uma poética mais expressionista. O belo e o sublime estão voltando. Mais emotivo e menos racional!

Felipe Abdala disse...

lá vem os dois falando da arte conceitual.
e o waltércio, o cildo, o tunga, onde ficam? isso pra falar só dos brasileiros. vai dizer q vcs num gostam?
uma coisa é não gostar de arte conceitual. outra coisa é não gostar da boa arte conceitual. e os minimalistas? serão exterminados tambem?
ah, gente. mais ponderação, por favor. mas ainda continuo gostando de vcs. hehehe.